Avaliação do aço inoxidável 347 quando submetido a sucessivos reparos por soldagem

Abstract

Durante a fabricação ou reparos por soldagem de tubulações e equipamentos de aços inoxidáveis austeníticos TP-347 a principal preocupação é que sucessivos reparos influenciem nas propriedades mecânicas e metalúrgicas desse material, principalmente no que tange a resistência à corrosão intergranular e fragilização por hidrogênio na região da ZTA, já que esses materiais são usados em altas temperaturas de serviço. É utilizada uma regra prática, a mesma que para aços carbono, de no máximo dois reparos. O objetivo dessa dissertação é definir um padrão de reparos por soldagem para se utilizar nos aços inoxidáveis austeníticos TP-347 avaliando se quatro reparos são suficientes para a preservação das propriedades do material na condição após soldagem e após ser submetido às condições de serviço. Para essa avaliação foram preparados corpos de prova que simularam as condições de reparos por soldagem e analisados quanto a sua metalurgia antes e depois do tratamento térmico nas condições de serviço, além de serem submetidos a um ensáio de corrosão intergranular. Como principais resultados, não foi observada variação na resistência à corrosão intergranular nas amostras submetidas a temperatura de operação, considerando os padrões definidos na ASTM 262 prática A e variações metalúrgicas que pudessem influenciar na resistência à fragilização por hidrogênio comparando as amostras antes e depois de serem submetidas a temperatura de operação, concluindo-se que não foi evidenciado ao longo dos quatro (04) reparos, variação significativa que tornariam as amostras mais susceptíveis aos mecanismos de falhas que as amostras soldadas.

ABSTRACT:

During fabrication or welding repairs of piping and TP-347 austenitic stainless steels the main concern is that successive repairs influence the mechanical and metallurgical properties of this material, mainly with regard to resistance to intergranular corrosion and embrittlement by hydrogen in the HAZ region, as these materials are used in high service temperatures. A rule of thumb is used, the same as for steels carbon, a maximum of two repairs. The objective of this dissertation is to define a welding repair standard to be used on TP-347 austenitic stainless steels, evaluating whether four repairs are sufficient to preserve the material properties in the condition after welding and after being subjected to service conditions. for this evaluation, specimens were prepared that simulated the conditions of welding repairs and analyzed for their metallurgy before and after heat treatment under service conditions, in addition to being subjected to a intergranular corrosion test. As main results, it was not observed variation in intergranular corrosion resistance in samples subjected to operating temperature, considering the standards defined in practical ASTM 262 A and metallurgical variations that could influence the resistance to embrittlement by hydrogen comparing the samples before and after being subjected to operating temperature, concluding that it was not evidenced over the four (04) repairs, significant variation that would make the samples more susceptible to failure mechanisms than welded samples.